Amigos, esta semana, com a ajuda das nossas professoras estagiárias, começamos o estudo da obra "Versos de Cacaracá", de António Couto Viana. Dela trabalhamos o poema "A vendedeira das quatro estações". Gostamos imenso deste poema e por isso, em grande grupo, transformamo-lo num texto narrativo.
Esperamos que se divirtam com a leitura.
A vendedeira das
quatro estações
Num
belo dia de primavera, a vendedeira Justina dirigiu-se ao seu pomar e à sua
horta para colher belos frutos encarnados e maduros, legumes viçosos e verdes.
De
seguida foi para o mercado, que se situava no centro da cidade, para vender os
seus deliciosos produtos da época.
Com
o seu vozeirão, anunciou a todos a sua cantilena:
-
Comprem que é tudo do vosso agrado. Fazem bem à saúde e dão vida aos vossos
olhos. – Proferiu Justina.
Os
clientes motivados por este brado dirigiram-se ao seu carro, criando uma grande
multidão.
O
tempo foi passando, e de repente já era verão. Os raios de sol, cada vez mais
fortes, fizeram com que a vendedeira colocasse o seu doirado chapéu de palha,
protegendo a sua face.
Para
convencer os clientes colheu os mais frescos e sumarentos tomates, melões,
damascos e beringelas. Estes eram ótimos para as refeições.
Os
habitantes da cidade, como queriam matar a sua sede, rapidamente se amontoaram
em frente do carrinho da vendedeira Justina. Ela, quando se apercebeu da
situação, ficou muito espantada e alegre, pois todos estavam maravilhados com
os aromas dos seus frutos.
O
carrinho de mão da D. Justina tinha uma agradável aparência. As suas vigorosas
cores eram suaves como o vento. Estava enfeitado com umas lindas flores e um
grande tolde a proteger os produtos.
Quando
o outono bateu à porta a D. Justina foi pôr o seu xailinho prático para não sofrer
de reumatismo. Voltou ao seu pomar para colher maçãs, peras, ameixas e uvas
pretas. Do seu campo trouxe milho para assar.
De
volta ao seu carrinho, apregoou as boas novas:
-
“Quem comer fruta todos os dias não precisa do doutor!”
Com
os dias menores surgiu o inverno, a chuva e a neve. O sol ficou mais fraco e a
vendedeira mudou o seu vestuário. Passou a vestir cachecol, barrete e botas
quentes e grossas.
No
seu carrinho havia laranjas, limões e tangerinas, acompanhados pelas couves,
castanhas e ervilhas.
Para
os seus clientes não ficarem engripados recomendou-lhes beber e comer
vitaminas.
E
assim terminou e recomeçou a sua jornada de trabalho pelas estações do ano.
Turma 9 – 4.º ano – Escola Básica do Barreiro –
Nogueira, Braga